O Cine Jardim - Festival Internacional de Cinema de Belo
Jardim chega à sua 3ª edição entre os dias 22 e 27 de maio, com o tema Cinema
Social e de Identidade. A missão do festival é promover o cinema no interior
pernambucano e formar novos olhares cinematográficos por meio de exibição de
filmes, que serão anunciados em breve, e oficinas gratuitas de produção
audiovisual.
Serão ofertadas quatro oficinas nesta edição, duas delas
abertas ao público em geral, mesmo de fora da cidade: Direção para
Documentário, ministrada por Dea Ferraz, de 23 a 26, das 9h ao meio-dia,
e Novas Formas de Produção ou Como Fazer um Filme de Baixo Orçamento, por
Cavi Borges, de 24 a 26, das 14h às 18h, ambas no Centro de Treinamento Edson
Mororó. As inscrições podem ser feitas no Cine Teatro Cultura. Mais informações
pelo telefone (81) 3726-1132.
Outras duas oficinas são dedicadas a alunos da rede
municipal de ensino de Belo Jardim – é o caso de Mídias Móveis, que será
conduzida por Marlom Meirelles, no Centro Comunitário Municipal Castelinho, de
15 a 19; e Animando o Boneco, com Quiá Rodrigues, na Escola Municipal Dr.
Sebastião Cabral, de 16 a 19 e 23 a 26.
“É importante ter esta janela aberta no interior,
especialmente para compreender e apreciar outros mundos reais e possíveis”, diz
Leo Tabosa, à frente da Pontilhado Cinematográfico, que realiza o festival
junto ao Instituto Conceição Moura, do Grupo Moura. O patrocínio é do
Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet, e das Baterias Moura. O
incentivo é do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), do
Governo de Pernambuco.
Sobre os ‘oficineiros’:
Dea Ferraz – Documentarista recifense, já dirigiu
três filmes: Sete Corações, sobre maestros de frevo pernambucanos; Câmara
de Espelhos, em que entrevista homens da Região Metropolitana do Recife sobre
como veem as mulheres, num trabalho sobre patriarcado e machismo; e ainda Modo
de Produção, que tem como foco o Sindicato de Trabalhadores Rurais de Ipojuca e
a relação deles com Suape. Câmara de Espelhos foi exibido no Festival
de Brasília do ano passado e Modo de Produção, na Mostra de Tiradentes
deste ano.
Cavi Borges – Produtor, diretor e empresário de
cinema carioca, com atuação junto a novos realizadores e em projetos de baixo
orçamento. Já realizou curtas, médias e longas-metragens documentais e de
ficção, inclusive, com grupos culturais, como, por exemplo, Nós do Morro e
CUFA. É dele o documentário Cidade de Deus – 10 Anos Depois, selecionado
para o encontro com produtores do Festival de Cannes, em 2012, e para mais de
60 festivais no Brasil e mundo afora.
Marlom Meirelles – Natural de Bezerros, também no
Agreste pernambucano, já dirigiu os curtas de ficção Devaneio (vencedor
do Festival de Curtas de Pernambuco), A Emparedada da Rua Nova e Olhos
de Botão, este último exibido na Universidade de Harvard e em mais de 60
festivais ao redor do mundo, além do documentário Entre Mulheres. É diretor-executivo
da produtora Eixo Audiovisual.
Quiá Rodrigues – Mineiro radicado no Rio, é criador,
construtor, manipulador de bonecos e também diretor de cinema de animação. Ao
longo da carreira, criou bonecos para vários programas de TV, inclusive a TV
Colosso. Em animação, começou com o ratinho de massa do Castelo Rá-Tim-Bum.
Em 1999, lançou seu primeiro filme, Da Janela para o Cinema, em que usa
bonecos animados na técnica stop motion; ganhou mais de 30 prêmios. Também
realizou Cabeça Papelão e é co-roteirista e diretor da série infantil
para o Canal Futura Paio & Dongo.