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Se Liga! Jorge Aleixo e sua Esposa inauguram a industrialização de Belo Jardim e também a Mão de Obra Feminina.

Quem é belo-jardinense conhece a Praça Jorge Aleixo, porém com o passar dos tempos, as gerações atuais pouco sabem a importância da representatividade que Jorge Aleixo tem para Belo Jardim.  

Jorge Aleixo inaugurou na História de Belo Jardim a industrialização, uma cidade até então totalmente agrária e com características de comercialização Colonial. Coincidentemente chegou a Belo Jardim no mesmo ano da inauguração da Ferrovia, em 1906, e tomou gosto de comércio depois de trabalhar ainda jovem em uma das primeiras padarias de nossa Cidade, isso aos 15 anos de idade.   
Antiga Fábrica Mariola 

A virada na  vida de Jorge Aleixo viria depois do casamento com 
Quitéria Batista, pois foi com o intuito de ajudar o marido nas despesas de casa, que Quitéria passou a produzir doces para vender nas festas, Domingos e feriados. O negócio deu tão certo que no ano de 1925 Jorge e Quitéria iniciaram no quintal de sua casa uma produção maior para atender a demanda que cresceu ao ponto de transferir toda a produção para o prédio que hoje todos conhecemos como "antiga Fábrica Mariola", de fábrica de fundo de quintal, a Fábrica Mariola transformou-se na primeira grande indústria de Belo Jardim.    

Como toda história positivista há um herói, Jorge Aleixo, visto por esse viés é um, porém sabemos que num Brasil da década de 1920 os louros desse sucesso nem sempre ou quase nunca eram compartilhados por igual. Na Fábrica Mariola houve também a inauguração da mão de obra feminina na fábrica, e junto com ela a exploração onde as mulheres chegavam a trabalhar 16 horas diárias, algumas dessas funcionárias levavam inclusive seus filhos por não ter com quem deixá-los, e assim até as crianças acabavam ajudando na produção dos doces. Jorge Aleixo faleceu em 1947 na Capital Pernambucana aos 58 anos de idade vítima de derrame cerebral. 
Texto: Cibele Santos e Aline Vanessa