"Por que eles estão abandonados e comem restos
jogados na rua?" A pergunta veio de Giovanna, de 7 anos, lobinha do 96º
grupo Escoteiro Brantmeesters, do Corpo de Bombeiros do Curado, em Jaboatão dos
Guararapes. A curiosidade surgiu acompanhada de uma preocupação com os animais
maltratados, a chamada empatia. Após ouvir a resposta da mãe Gabriela Vanessa,
que explicou a filha sobre o fato de os animais não terem casa, Giovanna
perguntou se poderia ajudá-los. A resposta positiva da mãe foi o suficiente.
A menina teve a ideia de construir um local onde as
pessoas pudessem colocar ração e água para alimentar os bichinhos sem lar. Com
ajuda dos pais, ela construiu dois reservatórios de palete e colocou uma placa
com a seguinte informação: "Eles não são de rua. Eles foram
abandonados". "Contribua com o abastecimento. Ajude a cuidar".
Segundo Gabriela, os reservatórios foram instalados na parte de baixo da
Estação do Metrô de Cavaleiro no último sábado porque a filha sempre passa por
lá para ir à feira do bairro com ela. "Eu fiquei surpresa quando ela me
disse. 'Mainha, eles não são de rua. A gente não nasce na rua, têm pai e mãe.
Alguém os abandonou'", contou a mãe. Para Gabriela, o grupo Lobinho
amadureceu na filha a ideia de respeitar e ajudar o próximo. Uma alegria para o
Dia do Escoteiro, comemorado neste domingo (23).
Gabriela conta que, no dia 20 de maio, o mesmo grupo de escoteiros
realizará o Projeto Educação, na Escola Solar, em Cavaleiro, para abordar temas
de impacto social com as crianças, com experiências educativas e divertidas. O
evento é replicado no mundo inteiro entre os escoteiros.
Fonte: Diário de Pernambuco