Nesta sexta-feira
conturbada, o IBGE deu à luz um dado horripilante: a quantidade de
desempregados no Brasil atingiu a constrangedora marca de 14,2 milhões de
pessoas no trimestre fechado em março. É para esse público, maior do que toda a
população de um país como Portugal, que reformadores e antirreformistas dizem
dedicar suas energias.
Deve-se a ruína à gestão
empregocida de Dilma Rousseff. Seu vice chamava-se Michel Temer. Tudo mudou na
transiçao de uma para o outro, exceto o PMDB, que continua no seu habitat
natural: a vizinhança dos cofres públicos. Defensores e opositores das reformas
prometem a Renascença. Mas tudo o que o país conseguiu, por ora, foi enviar
14,2 milhões de patrícios para a Idade Média.
Socialistas e liberais
defendem com a competência usual os seus pontos de vista. Se perguntarem a um
brasileiro mais simples o que acha de tantos conceitos complexos, ouvirão o
seguinte: “Tudo o que se diz é muito impressionante. Mas eu ainda prefiro um
contracheque que me permita encher a geladeira.” Fonte: Magno Martins