Um grupo de sócios,
conselheiros, ex-presidentes e torcedores do Central está se mobilizando para
pedir o afastamento do presidente do Central, Lícius Cavalcanti. A ação ganhou
força após os últimos acontecimentos envolvendo o clube, como o caso do
zagueiro Sanny, que revelou depois da derrota para o Náutico, pelo
Pernambucano, que os jogadores atuaram sem comer.
Em entrevista a Rádio Globo
FM Caruaru, o procurador da Advocacia Geral da União (AGU) e sócio do clube,
Roberto Mota, comentou que o episódio da "fome" foi o limite da atual
gestão.
Isso foi a ponta do
iceberg, teve repercussão nacional. Desde o início dessa gestão ela já começou
com equívocos. Desde o começo pedimos transparência com uma parceria anterior
que deu errado e não tivemos. Esse ano a coisa piorou, principalmente com
dívidas vindas de outras gestões também. Nessa gestão as dívidas foram
colocadas em segundo plano. A questão do gramado foi outra grave situação.
Ainda segundo Roberto, o
grupo ofereceu apoio ao presidente Lícius Cavalcanti, com a condição de que ele
se afaste do clube.
Oferecemos ajuda mas com o
desejo de que ele tenha grandeza de pedir licença ou delegar poderes. Lícius é
uma figura pública e acho que ele deveria preservar a própria imagem e
consequentemente a imagem do Central. A diretoria hoje é só ele, alguns dizem
que ele é muito centralizador. O grupo quer uma solução boa para todos.
Segundo Roberto, caso a
ajuda dentro do Central seja liberada, o grupo quer fechar o clube por cinco
dias para realizar um levantamento financeiro, pois atualmente os números não
são apresentados com transparência. Parte do Conselho Deliberativo está
recolhendo assinaturas em Caruaru para iniciar o processo de afastamento do
presidente alvinegro.
O Conselho quer convocar
uma Assembleia Extraordinária e discutir o afastamento de Lícius, mas não
queremos que chegue nessa situação. Não podemos chegar a esse tipo de embate,
porque pode ser o fim de vez.
De acordo com Roberto Mota,
Lícius descumpriu o estatuto do clube, principalmente em relação ao caso da
acusação do zagueiro Sanny.
Houve infração clara do
Estatuto do Central, na linha B do artigo 72, quando se fala em arranhar a
imagem e o patrimônio do clube. Já aconteceu na questão do gramado, das dívidas
e no caso do zagueiro foi o limite, porque foi nacional. Virou chacota nacional
e o presidente sabe disso. Ele reconheceu que a coisa saiu do controle. Fonte:GEPE