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Criciúma suspende torcida organizada por gritos de "abastece o avião"


O Criciúma anunciou nesta terça-feira a suspensão por tempo indeterminado da torcida organizada "Barra Os Tigres" pelos gritos em alusão ao acidente aéreo com a delegação da Chapecoense, que vitimou 71 pessoas, entre jogadores, tripulação, comissão técnica, convidados e jornalistas, no fim de 2016. O cântico "Ão, ão, ão, abastece o avião" foi entoado por um grupo de torcedores durante a partida do último domingo contra a Chape, no estádio Heriberto Hülse.

Confira a nota do Criciúma:
Viemos através desta, comunicar a suspensão prévia da torcida organizada "Barra Os Tigres", por prazo indeterminado, até que a mesma apresente a diretoria do clube os nomes das pessoas envolvidas no episódio envolvendo cânticos direcionadas a Chapecoense, bem como a atitude da torcida em relação aos seus integrantes envolvidos, TUDO sem prejuízo da continuidade da apuração dos fatos de forma autônoma pela diretoria/conselho deliberativo, de acordo com o Art.44, incisos II e III do Estatuto Social do Clube.

Na segunda-feira, o Criciúma já havia repudiado, através de nota oficial, o comportamento do grupo de torcedores e pregado respeito à Chapecoense. Já o prefeito da cidade, Clésio Salvaro, pediu desculpas, criticou a atitude do grupo que aparece nas imagens e lamentou o desperdício de abraçar o clube alviverde: "Esse não é o povo de Criciúma. O povo é outro. Aquilo ali é meia dúzia de torcedores revoltados, fracos e covardes".

Apesar do ato desrespeitoso, amplamente divulgado em redes sociais, o Criciúma e sua torcida não serão processados pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Santa Catarina. Segundo o órgão, não há artigo no Código Brasileiro de Justiça Desportiva que se adeque ao caso.

Não é a primeira vez que uma torcida entoa gritos em referência ao acidente da Chapecoense. Ainda no início desse mês, viralizou um vídeo em que, durante uma partida de handebol, torcedores do Porto usaram a tragédia com a Chape para provocar a torcida do Benfica. Os gritos eram de "Quem dera, se o avião da Chapecoense fosse do Benfica". Em nota, à época, o clube alviverde repudiou duramente o canto. Fonte: Globo Esporte