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Trabalho infantil de crianças de 5 a 9 anos cresce no Brasil

Segundo um estudo realizado pela Fundação Abrinq, cerca de 2,6 milhões de crianças e adolescentes são expostos a situações de trabalho infantil no Brasil. A pesquisa tem como base os números do IBGE, e traz as regiões Nordeste e Sudeste como locais onde este tipo de trabalho é mais comum, mas, abre discussão para a Região Sul, que, proporcionalmente, lidera a concentração desses jovens nessa condição, tendo 100% das crianças entre cinco e nove anos trabalhando na área rural.  

Segundo dados do Pnad, entre os anos de 2014 e 2015, foi registrado um aumento de 8,5 mil crianças dos 5 aos 9 anos expostas a este tipo de trabalho, o que corresponde a 11% de um total de meninos e meninas nesta idade, além de uma redução de 659 mil jovens, entre os 10 e 17 anos, 20% do total de crianças e adolescentes.

Entre os anos de 2005 e 2013 foi registrado uma redução de 81% do trabalho infantil. Em números seria de 312.009 para 60. 534. Já de 2014 para 2015, o aumento de 11% foi visto, saltando de 69.928 para 78.527.   

O trabalho infantil é proibido no país para menores de 14 anos. Ainda de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, aqueles que tiverem a idade de 14 ou 15 anos podem trabalhar, mas apenas na condição de aprendiz. Para os jovens de 16 e 17 anos é liberado o trabalho nas circunstâncias de que não comprometa a atividade escolar.    

Segundo o site de notícias do Uol, a porta-voz da Fundação Abrinq, Heloisa Oliveira, ainda alertou que boa parte do trabalho infantil começa dentro do próprio ambiente familiar, e a ação pode trazer danos físicos e psíquicos à este jovem. As políticas de combate estão a cargo do Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome, responsável pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.    

Pobreza   
Ainda nesta manhã o Cenário da Infância e Adolescência de 2017 revelou que 17,3 milhões de crianças e adolescentes até 14 anos vivem em situação de baixa renda. Entre as regiões brasileiras que apresentaram maior índice estão o Nordeste e o Norte, com um cenário de 60% e 54% de crianças, respectivamente vivendo nessas condições. Fonte: Diário de Pernambuco