Homem teve mandado de prisão
expedido dentro da Operação Estufa. Segundo investigações, quadrilha tem perfil
"atacadista", distribuindo drogas.
Um
dos suspeitos foragidos da Operação Estufa, que teve como foco uma quadrilha
interestadual de tráfico de drogas, foi preso pela Polícia Federal. Ele tentou
fugir subindo no telhado do local onde estava, mas não conseguiu. Com a prisão,
divulgada nesta quarta-feira (22), seguem foragidos três homens. Ao todo, foram
emitidos 15 mandados de prisão preventiva para a operação.
A quadrilha, alvo da operação desencadeada no dia 14 de março,
tinha atuação nos estados de Pernambuco, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte,
onde atuava como atacadista, comprando grandes quantidades de droga diretamente
de produtores e as transportando em caminhões de frete de cargas ilícitas para
seus depósitos.
O homem preso em Camaragibe, na Região Metropolitana do
Recife, apesar de seu endereço oficial ser no bairro de Jardim Atlântico, em
Olinda. Ao saber que o suspeito estava na cidade, os policiais federais
seguiram até o município e cercaram um imóvel, onde funciona um salão de
beleza.
Quando os agentes ordenaram que ele saísse do local, ele
tentou fugir pela porta dos fundos, subindo no telhado da casa. Porém, já havia
policiais também no local e ele acabou sendo preso e encaminhado à sede da
Polícia Federal no Cais do Apolo, região central do Recife. Após os
procedimentos legais, ele foi levado para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu
e Lima, na Região Metropolitana, onde fica à disposição da Segunda Vara
Criminal da Comarca de Paulista.
Operação
As investigações foram
iniciadas em novembro de 2016. Desde então, três pessoas foram presas em
flagrante, com mais de 2 toneladas de maconha apreendidas e R$ 32 mil
apreendidos em espécie.
Segundo a PF, a quadrilha
atuava como atacadista, comprando grandes quantidades de droga diretamente de
produtores e as transportando em caminhões de frete de cargas ilícitas para
seus depósitos. A quadrilha fazia também o processo de distribuição, dividindo
a droga e a revendendo para traficantes tanto de Pernambuco quanto de estados
próximos.
Para desviar a atenção das
autoridades, a quadrilha utilizava um posto de gasolina, um clube e uma
concessionária como fachada para as suas operações criminosas. Segundo o
superintendente da PF em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, o grupo era muito
bem organizado e demonstrou uma preocupação em camuflar o crime.
Os integrantes da quadrilha
serão responsabilizados criminalmente pela prática dos crimes contido nos
artigos 33 e 35 da Lei 11.343/06 (tráfico e associação – penas de 5 a 30 anos
de reclusão) combinado o com o artigo 1º da Lei 9.613/98 com redação dada pela
Lei 12.683/12 (lavagem de Dinheiro – pena de 3 a 10 anos de reclusão) e artigo
2º da Lei 12.850/13 (Organização Criminosa – pena de 3 a 8 anos de reclusão) e
caso sejam condenados, as penas somadas, podem ultrapassam os 45 anos de
reclusão. Fonte: G1