Um pedreiro, que está atualmente desempregado, encontrou
um envelope com mais de R$ 5 mil em frente a uma loja de materiais para
construção, na Quadra 1E, no Vale do Amanhecer, em Planaltina (DF). O caso
ocorreu nesta segunda-feira (20/3). Edson Rosa, 49 anos, percebeu que no
envelope estava escrito um nome e procurou o dono.
Edson Rosa saiu de casa e foi até o comércio para comprar uma cola na intenção
de consertar o carrinho de brinquedo do neto, de 1 ano e 11 meses, que soltou a
rodinha. Porém, ao chegar na loja de construção, foi informado que o produto
estava em falta. Para não deixar o netinho 100% desolado, Edson resolveu passar
na mercearia para comprar um biscoito para o garoto. Foi nesse momento que ele
se deparou com o envelope, no chão, próximo à loja.
O pedreiro nem sequer chegou a contar a quantidade de dinheiro que havia dentro
do pacote. Mas, pelo volume, acreditava ter mais de R$ 5 mil. Coincidentemente,
o nome escrito no envelope era do proprietário da mesma loja em que ele havia
procurado a cola. Edson deixou o dinheiro com um funcionário da empresa e foi
para casa.
A mulher dele, Helena Teixeira, que conhece o empresário, foi quem avisou da
devolução do envelope. "Meu marido é uma pessoa muito humilde e muito
honesta. Estamos com todas as contas atrasadas e com a caixa de água quebrada,
em meio a essa escassez de água. Ele comprou um biscoito fiado para dar ao
nosso neto. Mas, quando viu o dinheiro, não pensou duas vezes antes de
devolver. É um dinheiro que não era dele", afirma Helena.
Edson ganha a vida executando trabalhos de pintura, construção, instalação de
rede elétrica e reparos em casas de família. No entanto, desempregado, tem
visto as contas chegarem e a situação financeira da família ficar apertada.
"Faz quatro semanas que ele não arranja nenhum 'bico' ou um trabalho para
fazer, mesmo sendo uma pessoa muito talentosa e dedicada no que faz. Ele
precisa conseguir algo, para ajudar nas despesas de casa", completa
Helena.
O dono do dinheiro não foi encontrado pela reportagem para comentar o
caso. Fonte: Diário de Pernambuco