O papa Francisco aprovou, no
dia 23 de março de 2017, a canonização de 30 beatos brasileiros que foram
massacrados em 1645 em Cunhaú e Uruaçu, no Rio Grande do Norte. A tragédia
aconteceu durante a ocupação da Holanda no Nordeste, pois os 30 se negaram a
renunciar da fé católica para aderir ao calvinismo, religião dos invasores
holandeses. Os futuros santos serão André de Soveral e Ambrósio Francisco
Ferro, sacerdotes diocesanos, Mateus Moreira e mais 27 companheiros leigos.
“Ficamos muito felizes, pois
esta canonização é uma grande bênção para a Igreja e com certeza vai reavivar a
fé e a devoção dos fiéis”, declarou o arcebispo de Natal, d. Jaime Vieira
Rocha, ao Estadão. Os brasileiros já haviam sido beatificados por João Paulo II
no ano 2000, mas o cardeal d. Cláudio Hummes ajudou a levar a causa dos
mártires adiante e disse a d. Jaime que estava interessado na canonização, em
2016.
Quanto aos massacres que
vitimizaram os brasileiros, acontecerem separadamente: o primeiro em 15 de
julho, em Cunhaú, onde hoje é o município de Canguretama, e o segundo no dia 3
de setembro, em Uruaçu, atualmente o município de São Gonçalo do Amarante.
Segundo relatos, mais de 70 pessoas foram assassinadas, mas só há possibilidade
de reconhecer o martírio daqueles cujo os nomes são conhecidos. Fonte: Diario de Pernambuco
Os massacres foram
executados por índios tapuias e soldados holandeses, que estavam sob o comando
de Jacob Rabbi – alemão a serviço da Companhia das Índias Ocidentais
Holandesas. A tragédia aconteceu durante uma missa; a tropa holandesa trancou
as portas da igreja e os índios mataram os fiéis. A cerimônia de canonização
deve ser celebrada no Vaticano, mas ainda não tem data marcada.