Blog do Antônio Martins
O Grupo João Santos, que
produzia o cimento Nassau e detinha 13% do mercado do produto no Brasil,
decretou, oficialmente, sua falência no fim da última semana.
Em suas 12 fábricas no
Norte, Nordeste e Sudeste do País, a Nassau produzia 6,4 milhões de toneladas
de cimento por mês.
Porém, o Grupo João Santos
não era só cimento. Era um império que tinha usinas de açúcar e etanol,
fábricas de papel e celulose e uma rede de comunicação, a Rede Tribuna,
presente em Pernambuco e no Espírito Santo.
A crise no grupo econômico
foi instalada logo após a morte do patriarca e fundador do império, o
empresário pernambucano João Pereira dos Santos. Ele morreu de infarto, em 15
de abril de 2009, aos 101 anos.
A briga familiar pelo
controle do grupo, que levou à falência do império, teve de um lado Fernando
Santos, José Bernardino Santos e Maria Clara Santos, filhos de João Santos, e
de outro, as irmãs de João Santos, Ana Maria Santos e Rosália Santos, além de
Alexandra, Rodrigo e Maria Helena, filhos do primogênito João Santos Filho,
morto em 1980 num desastre de avião no Paraguai. Em 2010, o patrimônio do
conglomerado era avaliado pelo mercado em R$ 5 bilhões.