EMANUEL é nascido em Belo
Jardim, filho de uma tradicional família da Terra do Bitury, ainda jovem foi
morar em Recife. Conhecido por TUEL ou EL ele é uma pessoa cheia de vida e
sempre gosta de transmitir alegrias para todas as pessoas.
Confira uma parte da
reportagem do jornal Folha PE, feita por Renata Coutinho, da Folha de
Pernambuco.
A cada 10 anos, número de
pacientes de hemodiálise aumenta 10% no Brasil
O Brasil tem apresentado um
crescimento de 10% por década de pacientes, que devido ao agravamento de quadro
renal, tem a sobrevivência ligada a máquina de hemodiálise. O percentual salta
aos olhos e serve de alerta para o Dia Mundial do Rim, celebrado hoje (9).
Segundo o vice-presidente da
Sociedade Brasileira Nefrologia (SBN) Regional Pernambuco, Mário Henriques, são
aproximadamente de 100 mil pessoas neste tipo de tratamento no País. Em
Pernambuco, os doentes chegam a 5.140. Outra taxa que preocupa é a de
mortalidade: entre 5% a 10% dos pacientes morrem por ano.
O idoso Emanuel Falcão, 66,
tem na ponta da língua o dia o que recebeu a indicação médica para a máquina:
25 de julho de 1994. Lá se vão 22 anos e sete meses da reviravolta no dia a
dia. Com uma pressão arterial descompensada e alterações em vários índices como
ureia e creatinina, a saída foi a hemodiálise. “Chorei demais. Ainda pensei que
com o tempo tudo ia passar como qualquer outra doença. Mas que nada. Fiz as
contas um dia desses e já foram quase sete mil furadas”, contou.
Da tristeza à aceitação não
demorou muito. Nessas duas décadas colecionou histórias de superação, de
suspense ela própria vida e de luto pelos vários amigos. Uma das piores foi ver
vários amigos morrerem depois da tragédia da hemodiálise de Caruaru em 1996,
quando por uma contaminação da água usada no tratamento matou 60 pacientes.
“Fiz uma sessão lá na sexta, quando foi na segunda-feira o povo que fez começou
a morrer. O médico até me disse que a morte tinha tirado um fino de mim”,
relembrou.
Considerado um caso raro e
bem sucedido, Emanuel é um dos pacientes mais antigos do Estado no uso da
máquina. O coordenador de Nefrologia do Estado, Ruy Cavalcanti, destacou que a
permanência neste tratamento tem aumentado à sobrevida de muitos pacientes,
quando não é realizado transplante, mas que é preciso pensar e panejar o
futuro.
Texto (Parte) extraído do
jornal Folha PE / Informativo Wildes Brito